TSES na inclusão da população migrante

"Numa visão a nível europeu, devemos acolher estes imigrantes já que, nós portugueses fomos bem recebidos lá fora quando procurámos fugir à economia agrícola de Salazar ou à guerra colonial!" 

(O paraíso perdido por Leni)

Na educação é indispensável promover a conexão dinâmica entre as culturas, e valorizar as suas disparidades de forma a evitar práticas pedagógicas discriminatórias.

A educação intercultural expõe-se como um projeto educativo que estima a diversidade sociocultural e a revitalização da cultura através da comunicação, relação, convivência e união entre culturas, tendo como base a compreensão e a tolerância, o reconhecimento do outro e da diversidade.

Assim a educação social nortenha- se no sentido de germinar processos de prevenção e de intervenção para benfeitorizar a vida dos indivíduos e dos grupos, através de um conjunto de práticas educativas.

Conforme menciona a Associação Internacional de Educadores Sociais, AIEJI (2005), a educação social exprime-se por uma atuação intencional, fundamentada em resoluções conscientes, que se transformam num procedimento delineado e orientado à realização dos objectivos. "!O método interventivo é levado a cabo em conjunto com os indivíduos e/ou grupo, através de processos educativos, de desenvolvimento, de tratamento, de orientação, de aconselhamento, de mediação, entre outros que se divulguem essenciais".

Tendemos a assistir a uma sociedade, onde a mobilidade dos indivíduos é significativa e os países são cada vez mais correlativos do ponto de vista político e económico, a educação intercultural arroga um papel pertinente na construção de pontes entre os dissemelhantes povos e suas comunidades e no progresso de competências sociais e individuais para a vivência harmoniosa em sociedade.

A evolução de sociedades onde cada vez mais coexistem múltiplas culturas (multiculturalismo) tem proporcionado a necessidade de repensar a função da comunidade. O educador social tem uma intervenção essencial neste paradigma no sentido da promoção de políticas que reconheçam e valorizem tanto a igualdade como a diferença de uma multiplicidade de identidades culturais, tendente a uma vivência social ajustada no conceito de cidadania e de justiça social pluralista (Sarmento, 2007 citado por Abelha et al., 2014).

O Educador Social aparece ainda como um condescendente do diálogo em situações de conflito e como um componente que permite instituir a ligação entre a comunidade e/ ou grupo. Podendo também intervir como mediador entre a cultura dominante e o grupo minoritário, intervindo a um nível educativo quando pertinente, contribuindo para uma mudança de representações quanto à comunidade e até quanto às questões ligadas com a democracia e a cidadania.

Perante o cenário descrito sugere-se uma intervenção educativa assentada num modelo global de educação para a convivência, que consinta a criação de espaços de convivência saudável. Este modelo deve englobar toda a comunidade para promover a integração e a convivência na mesma.

O Educador Social assume deste modo, um papel crucial na integração dos grupos minoritários na comunidade dominante, através de uma intervenção comunitária e socioeducativa, promovendo o equilíbrio e convivência intercultural.

Verónica Matias, Mestrado em Ciências da Educação da Universidade Portucalense, Infante D. Henrique - 2016
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